28/02/2017

RESILIÊNCIA












Como posso negar essa última chance,
desistir dos meus sonhos bem antes do fim?
Descuidar da esperança no frágil instante
em que sombras tristonhas se achegam de mim?

Tão ingênua pensei que mais fácil seria
desatar as algemas sendo eu a vilã.
Simplesmente feliz... Era só o que eu queria,
sem o medo incessante do eterno amanhã.

Foram tantos tropeços, atalhos, abismo,
coração traiçoeiro com falso presságio.
Até a Lua escondeu o seu largo sorriso.
No revés das marés, mudo o rumo, naufrágio.

Entre mágoas passadas, um choro menino
lamentava os momentos perdidos sem volta.
De presente um alento se faz peregrino,
redescobre o prazer de encontrar a resposta.

O futuro resgata promessas e planos,
outras juras de amor sem qualquer testemunha.
Neste céu que dissolve cruéis desenganos
ainda existem estrelas. E a vida? Continua...

Por: Márcia Etelli Coelho
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Vencedora do PREMIO BERNARDO DE OLIVEIRA MARTINS - 2015/2016

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