Como posso negar essa última chance,
desistir dos meus sonhos bem
antes do fim?
Descuidar da esperança no
frágil instante
em que sombras tristonhas se
achegam de mim?
Tão ingênua pensei que mais
fácil seria
desatar as algemas sendo eu a
vilã.
Simplesmente feliz... Era só o
que eu queria,
sem o medo incessante do eterno
amanhã.
Foram tantos tropeços, atalhos,
abismo,
coração traiçoeiro com falso
presságio.
Até a Lua escondeu o seu largo
sorriso.
No revés das marés, mudo o
rumo, naufrágio.
Entre mágoas passadas, um choro
menino
lamentava os momentos perdidos
sem volta.
De presente um alento se faz
peregrino,
redescobre o prazer de
encontrar a resposta.
O futuro resgata promessas e
planos,
outras juras de amor sem
qualquer testemunha.
Neste céu que dissolve cruéis
desenganos
ainda existem estrelas. E a
vida? Continua...
Por: Márcia Etelli Coelho
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Vencedora do PREMIO BERNARDO DE OLIVEIRA MARTINS - 2015/2016
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