04/02/2014

O POR DO SOL, O CLARÃO DO LUAR, VOCÊ

               E então, olhando aquele momento mágico, em que o Sol se escondia no horizonte voltei, voltei o tempo, sonhei com a vida que vivi, e através daquela luz colorida que se apagava, revi amores, e lembrei-me de momentos e tempos felizes.
              Oh, quanto sonho e encantamento trouxeram aquele por de sol.
              Vi através da luz que partia a vida também partindo, e com ela, levando magoas e tristezas, mas deixando vivos, bem vivos, os melhores momentos, os mais felizes amores, as lembranças mais doces de grandes amigos que ainda hoje sinto perto da vida.
              Este por de sol me fez feliz, como fui feliz com você! Este por de sol, me põe a pensar em caricias e beijos.
              Oh, por de Sol, prenuncio do fim de mais um dia, que me leva a tentar também não ir atrás de novos dias, pois que estes certamente virão e com eles, você, presente, viva, trazendo a grande felicidade e a alegria do sorriso que me encanta, em um tempo, sempre.
               Não, não vá embora, fica ai, mantem sua luz viva, ilumina o horizonte e tudo aquilo que ainda resta da vida, dos sonhos e dos encantamentos.
               Permita mais, que eu sonhe e mantenha você aqui bem pertinho, pertinho destes raios que me mantem iluminado.
                Fiquem ai, raios iluminados, não partam, não me deixem só, que a escuridão da noite me assusta, põe medo, já que com ela não consigo ver você com a clareza que gosto, podendo perde-la e não mais viver os sonhos.
               O clarão vermelho que aos poucos se apaga é o sinal de um  fim, mas ainda, como que por encanto, com a força dos seus últimos raios forma linda coroa, e emoldura você. 
               Triste com aquele entardecer percebo, que a noite não será tão assustadora, pois que o céu aos poucos vai sendo  iluminado por radiosa e brilhante Lua que surge inteira, enorme, mas enciumada, por nossas loas ao Sol, veste-se de suas mais lindas cores e coloca-se logo ali, bem a nossa frente, trazendo ainda consigo lindos e incríveis acordes de uma sonata, só sua, feita para aquele momento, por mestre da arte do amor, do encantamento, Beethoven.
               O clarão do luar, e aquela sonata que ouço vinda do infinito, me transformam olho e ao longe a vejo resplandecente toda de branco, na ponta dos pés, como não querendo fazer ruídos e incomodar, mas levando a um sonho que envolve, comove e conduz às longas distâncias percorridas pela vida. 
               Que encantamento, quanta vida e amor este seu brilho desperta, não, não vá embora fica aqui comigo agora e sempre, mantenha este sorriso ou me leva com você, pois que a cada instante é mais clara tua presença e mais sinto apesar das distancias.
               E quando você, Lua Cheia, também insensível aos nossos apelos começa fugir, fugir para o horizonte, quase em pânico sentimos perde-la, vendo seu brilho se apagar, aos poucos, na imensidão do céu.     
               Esse brilho, esse encantamento, será eternamente seu.
               O nostálgico e lento Por do Sol, o radioso surgimento da enorme e encantadora Lua que depois de envolver e transtornar corações, também furtiva, lentamente vai embora, deixando espaço para os primeiros clarões do amanhecer de um dia, que terá e trará outros encantos, mas não conseguira, por mais encantos que tenha ou traga, apagar o que foi marcado nas lembranças dos momentos de amor sonhados e vividos, em um tempo, de algum lugar.

SÉRGIO PELEGRINI MARUN

 

                                  

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